quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A Lenda do Rio Ave

Nós, os alunos da turma E do 3.º ano da EB1 Devesinha, estamos a explorar o livro:«A Lenda do Rio Ave». Já ilustrámos esta história e fizemos o seu reconto oral e escrito. É uma história triste, porém é muito bonita! Vale a pena ler! Aqui vai o reconto... A Lenda do Rio Ave Há muito tempo, no tempo em que não havia ainda fronteiras entre a Galiza e Portugal, existia uma serra chamada Serra de Agra. Como a serra não ficava muito longe do mar, recebia a influência benéfica do Oceano Atlântico. No ponto mais alto da serra avistava-se o cintilar do azul do mar. Só que a serra tinha uma magia, um encanto, um tal feitiço que, muitas das vezes, a Primavera chegava mais cedo. Então, a serra cobria-se de luz, flores, cores e de perfume… O perfume chegou tão longe!... Tão longe… que trouxe à serra uma jovem pastora vinda de longínquas serranias da Galiza. As pessoas diziam que ela vinha à procura de Sol e de bons pastos para as suas cabrinhas. Mas quem sabe o que se passa dentro do coração de uma jovem pastora? A serra continuou a espalhar o seu perfume, porque sabia o que estava a fazer, e chegou às areias doiradas de uma praia. Assim, levou à serra um belo e jovem cavaleiro montado no seu cavalo e com o seu fantástico falcão! As pessoas diziam que ele vinha à procura de caça, mas não trouxe os seus monteiros! Mas quem sabe o que se passa dentro do coração de um jovem e belo cavaleiro? O cavaleiro encontrou a pastora e eles apaixonaram-se um pelo outro. Depois, o cavaleiro pôs um anel de ouro na pata do falcão e ele, o falcão, voou até ao paço do seu dono. Quando o falcão chegou, trazia outro anel de ouro, que significava que o conde teria de voltar ao seu condado. Ele explicou à pastora que teria de regressar a casa. Porém, afirmou que voltaria rapidamente. O cavaleiro, montado no seu cavalo e acompanhado com o falcão, foi velozmente para o seu condado. Quando a pastora não aguentava mais, subiu ao alto da montanha e deu um grito e disse que tinha de encontrar o seu amor e que queria ser ave e voar; voar para encontrar o seu amor. Então, começou a chorar e chorou tanto que fez um rio! Em homenagem à cabreira, a Serra de Agra passou-se a chamar Serra de Cabreira para que nunca ninguém esqueça essa pessoa. O rio que a jovem cabreira fez com as suas lágrimas começou a chamar-se Rio Ave, porque a cabreira desejou ser ave e voar para ir ter com o seu amor!

1 comentário:

EcoEnxertos disse...

Lemos o vosso reconto e gostamos muito...
Continuem a deliciar-nos com os vossos textos.
Bom trabalho.