quarta-feira, 22 de abril de 2009

Conhecem a "Fada Palavrinha"?...

Na EB1 Devesinha está a acontecer a Feira do Livro. A turma E esteve a declamar uma poesia aos pais. Essa poesia é da autoria de Luísa Ducla Soares e intitula-se: "A Fada Palavrinha e o Gigante das Bibliotecas". Nós explorámos bem a poesia e ficámos fascinados com a história que ela nos conta. Escrevemos o reconto dessa história em prosa. Este é o meu texto. Espero que gostem!!!... A Fada Palavrinha e o Gigante das Bibliotecas Era uma vez um rei que tinha um enorme tesouro. Como não sabia o que ia fazer com essa fortuna, ele pediu ajuda: - Preciso da vossa opinião. Digam-me, então, como devo gastar a minha fortuna… Nesse momento, a rainha disse: - Poderias comprar, para mim, um castelo com dez torres e com um telhado de marfim. De seguida, a princesa respondeu-lhe assim: - Quero mil metros de sedas para levar à costureira! Por fim, o príncipe real pediu: - Ó pai, dê-me um batalhão que eu gosto de combater! O rei franziu o nariz, pois não ficou nada contente. Ele tinha outras ideias há tempos na sua mente… Mandou erguer um grande edifício e forrou-o todo com estantes. Depois, mandou vir muitos livros no dorso de elefantes. Vieram livros de barco, de cavalo e de camelo, de terras quentes e de terras frias. A partir daí, a família e os vassalos estavam sempre a dizer: - Estar sentadinhos a ler… no rabo até faz calos! Mas o rei não queria dar ouvidos a gente tão ignorante. Queria aprender como se fosse um estudante. Na biblioteca estudou e nela ganhou tal sabedoria. Eu aposto que neste mundo rei melhor do que aquele não havia! O povo desse país ficou com curiosidade e quis todo aprender a ler para lá meter o nariz... O rei leu livros de aventuras, de ciências naturais, os de banda desenhada e ainda leu muitos mais. Na biblioteca, o rei fartou-se de rir, porque os livros também servem para divertir. Mas o pior foi que as traças entraram na biblioteca e disseram: - Aqui é que se está mesmo bem! Vamos comer os livrinhos!... Quando o rei viu os insectos, mandou vir vinte soldados armados para os matarem. Só que os tiros não acertaram em bichos tão pequenos. Seguidamente, sete sábios prepararam um terrível insecticida e os leitores da biblioteca quase morriam. Mas as traças resistiram… Quando chegou a noite, apareceu um gigante. Então, a multidão gritou: - Ai! Este medonho gigante parece mesmo um morcego! O rei falou com o gigante e ele disse: - Majestade, eu venho pedir emprego! Comer traças é trabalho ideal para um morcego. O gigante logo foi contratado… Só que, um dia, viu uma tracinha no meio de um livro de poesia e ele perguntou: - Quem és tu borboleta? - Sou a Fada Palavrinha – disse a borboleta. O gigante arregalou os olhos com grande espanto e levou-a até ao rei que estava de coroa e manto. O soberano, encantado, lhe pediu para ficar a ajudar o bom gigante para ele poder descansar. Ficaram os dois a cuidar da biblioteca. Enquanto ela faz magia, ele faz uma soneca. O gigante acorda à noite para caçar os insectos. Graças à fada e ao gigante, é mesmo uma loucura ver tanta gente feliz presa à sua leitura. Já deixaram de dizer, uns ignorantes vassalos, que estar sentadinhos a ler no rabo até faz calos! A leitura dá mesmo felicidade, porque nos permite viajar pelo mundo da imaginação!... E a "Fada Palavrinha" ajuda-nos com os seus pós de perlimpimpim... Márcia Soraia Ferreira Mendes - 3.º ano/ turma E - EB1 Devesinha

1 comentário:

Maricota disse...

Márcia Soraia,
não conheço a história que recontaste.
Ao ler o teu texto fiquei curiosa.
Já decidi, a minha próxima leitura vai ser " A Fada Palavrinha e o Gigante das Bibliotecas".
Obrigada pela dica.
Tens realizado outras leituras?
Que tipo de leituras fazes?
O que mais gostas de ler?
Queres partilhar a tua opinião?
Um beijinho muito grande e...Até já!