Na EB1 Devesinha está a acontecer a Feira do Livro. A turma E esteve a declamar uma poesia aos pais. Essa poesia é da autoria de Luísa Ducla Soares e intitula-se: "A Fada Palavrinha e o Gigante das Bibliotecas". Nós explorámos bem a poesia e ficámos fascinados com a história que ela nos conta. Escrevemos o reconto dessa história em prosa. Este é o meu texto. Espero que gostem!!!...
A Fada Palavrinha e o Gigante das Bibliotecas
Era uma vez um rei que tinha um enorme tesouro. Como não sabia o que ia fazer com essa fortuna, ele pediu ajuda:
- Preciso da vossa opinião. Digam-me, então, como devo gastar a minha fortuna…
Nesse momento, a rainha disse:
- Poderias comprar, para mim, um castelo com dez torres e com um telhado de marfim.
De seguida, a princesa respondeu-lhe assim:
- Quero mil metros de sedas para levar à costureira!
Por fim, o príncipe real pediu:
- Ó pai, dê-me um batalhão que eu gosto de combater!
O rei franziu o nariz, pois não ficou nada contente. Ele tinha outras ideias há tempos na sua mente…
Mandou erguer um grande edifício e forrou-o todo com estantes. Depois, mandou vir muitos livros no dorso de elefantes. Vieram livros de barco, de cavalo e de camelo, de terras quentes e de terras frias.
A partir daí, a família e os vassalos estavam sempre a dizer:
- Estar sentadinhos a ler… no rabo até faz calos!
Mas o rei não queria dar ouvidos a gente tão ignorante. Queria aprender como se fosse um estudante. Na biblioteca estudou e nela ganhou tal sabedoria. Eu aposto que neste mundo rei melhor do que aquele não havia!
O povo desse país ficou com curiosidade e quis todo aprender a ler para lá meter o nariz...
O rei leu livros de aventuras, de ciências naturais, os de banda desenhada e ainda leu muitos mais.
Na biblioteca, o rei fartou-se de rir, porque os livros também servem para divertir.
Mas o pior foi que as traças entraram na biblioteca e disseram:
- Aqui é que se está mesmo bem! Vamos comer os livrinhos!...
Quando o rei viu os insectos, mandou vir vinte soldados armados para os matarem. Só que os tiros não acertaram em bichos tão pequenos.
Seguidamente, sete sábios prepararam um terrível insecticida e os leitores da biblioteca quase morriam. Mas as traças resistiram…
Quando chegou a noite, apareceu um gigante. Então, a multidão gritou:
- Ai! Este medonho gigante parece mesmo um morcego!
O rei falou com o gigante e ele disse:
- Majestade, eu venho pedir emprego! Comer traças é trabalho ideal para um morcego.
O gigante logo foi contratado…
Só que, um dia, viu uma tracinha no meio de um livro de poesia e ele perguntou:
- Quem és tu borboleta?
- Sou a Fada Palavrinha – disse a borboleta.
O gigante arregalou os olhos com grande espanto e levou-a até ao rei que estava de coroa e manto.
O soberano, encantado, lhe pediu para ficar a ajudar o bom gigante para ele poder descansar.
Ficaram os dois a cuidar da biblioteca. Enquanto ela faz magia, ele faz uma soneca.
O gigante acorda à noite para caçar os insectos.
Graças à fada e ao gigante, é mesmo uma loucura ver tanta gente feliz presa à sua leitura.
Já deixaram de dizer, uns ignorantes vassalos, que estar sentadinhos a ler no rabo até faz calos!
A leitura dá mesmo felicidade, porque nos permite viajar pelo mundo da imaginação!... E a "Fada Palavrinha" ajuda-nos com os seus pós de perlimpimpim...
Márcia Soraia Ferreira Mendes - 3.º ano/ turma E - EB1 Devesinha
1 comentário:
Márcia Soraia,
não conheço a história que recontaste.
Ao ler o teu texto fiquei curiosa.
Já decidi, a minha próxima leitura vai ser " A Fada Palavrinha e o Gigante das Bibliotecas".
Obrigada pela dica.
Tens realizado outras leituras?
Que tipo de leituras fazes?
O que mais gostas de ler?
Queres partilhar a tua opinião?
Um beijinho muito grande e...Até já!
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